Review: Buzzer Beat

Não teve nada que eu não gostei de Buzzer Beat. Minha barreira contra dramas de esportes tinha sido derrubada quando assisti ROOKIES e a do Yamapi quando assisti Code Blue (apesar de Nobuta ser bem melhor, eu estava traumatizada com o péssimo Proposal Daisakusen, vai). Então eu comecei a ver com as expectativas altas e, felizmente, foram largamente superadas.

Buzzer Beat conta a história de Kamiya Naoki (Yamashita Tomohisa), um jogador de basquete que, devido a sua tendencia a desistir e não funcionar sobre pressão, não consegue mostrar todo seu talento nas quadras. Enquanto isso, Shirakawa Riko (Kitagawa Keiko) é uma alegre jovem que, já formada na escola de música, pretende ser uma violinista profissional. Um dia, o Naoki esquece seu celular no ônibus e a Riko o encontra. Mas, ao contrário de entregá-lo para ele, quem recebe é o Kawasaki Tomoya (Ito Hideaki), o treinador do time, que se apaixona por ela.

Por uma coincidência, Naoki treina basquete na quadra ao lado do apartamento que a Riko mora com a sua amiga, Ebina Mai (Kanjiya Shihori), e eles acabam se encontrando e virando amigos por acaso. Naoki continua falhando no basquete, mas tem uma felicidade, sua namorada, Nanami Natsuki (Aibu Saki), que ele pretende casar se ganhar o campeonato. Aos poucos, os sentimentos do Naoki e da Riko vão ficando cada vez mais intensos e, devido à várias conseqüências da história, se torna impossível eles serem só amigos.

Se fosse para resumir a história um pouco, seria isso, mas é um trabalho realmente difícil. São tantos personagens interessantes! Um dos meus preferidos, por exemplo, é o Hatano Shuji (Mizobata Junpei), um outro jogador de basquete do ARCS. A personalidade dele é muito divertido, e, junto com a Mai, dão o toque de humor ideal para a série. Adorei o papel da Aibu Saki fazendo a Natsuki também! É muito interessante como em um episódio você está chorando de raiva, a xingando de todos os nomes e no outro está com pena e, no fundo, entendendo o lado dela e torcendo para que ela seja feliz. O relacionamento conflituoso dela com o Yoyogi Ren (Kaneko Nobuaki) não foi tão explorado quanto eu esperava, mas foi importante para desenvolver as personalidades.

Um ponto alto do drama são os pequenos detalhes e os próprios sets de filmagens. O outdoor no parque escrito “Love makes me strong” é quase um personagem, do tanto que ele apareceu e foi significativo para a história. Também adoro o apartamento da Riko e da Mai e todas as roupas da Natsuki. Tudo tem bastante cuidado.

As atuações estão excelentes! Quem já assistiu algum drama com o Yamapi, sabe que ele não é lá o cara mais expressivo da face da Terra. E todo mundo teve que se preparar par os papéis: o Yamapi jogando basquete, a Keiko tocando violino, a Aibu treinando como cheerleader... para mim a dedicação dos atores com o drama foi o que o deixou tão pessoal.

Resumindo, Buzzer Beat não é um drama sobre esportes (na verdade, várias vezes eu reclamei de ter poucas cenas do jogo), e sim uma história sobre pessoas que têm ambições e que encontram forças para não desistir, já que a vida não pára para que elas se resolvam. E Buzzer Beat? É quando o jogador arremessa a bola no mesmo instante do apito final e faz o ponto, mostrando que ainda há uma chance de vencer, mesmo quando parece que o jogo já terminou.